Comportamento

Aprenda e entenda o significado das primeiras comunicações dos bebês

13/06/2022

Por Nádia Medici

 

Já percebeu que antes mesmo dos bebês iniciarem a fala eles conseguem se comunicar com as pessoas à sua volta? Entenda como isso acontece e como podemos ajudá-los.

 

Nos primeiros meses de vida entender o que o bebê quer “falar” é um grande desafio. Com o tempo, é possível diferenciar o tipo de choro, olhares, balbucios e estabelecer uma comunicação, mesmo que prioritariamente instintiva.

Mesmo quando o bebê ainda não tem consciência da sua capacidade de verbalizar, devemos estimulá-lo e conversar com ele. Afinal, o desenvolvimento da fala passa pelo processo de compreensão, aquisição e, por fim, produção da fala com sentido. Assim, para que o bebê compreenda a fala materna ou paterna, ele precisa ouvir pessoas falando com ele.

Ao mesmo tempo que conversamos com o bebê, devemos interagir com gestos, pois o desenvolvimento visual e da fala acontecem simultaneamente. A partir dos 5 ou 6 meses de idade, os bebês começam a olhar para o que querem, emitir sons repetitivos, apontar e gesticular com mais segurança. Nesse momento, o adulto deve sempre acolher o gesto do bebê, identificando e pronunciando o nome do objeto de desejo, pois o estímulo da fala acontece no meio social da criança, primeiro na família e, posteriormente, no ambiente escolar.

Até que a fala seja estabelecida como principal meio de comunicação, entenda como o seu bebê pode se comunicar:

 

Acompanhar com os olhos

Os bebês estabelecem comunicação visual logo nas primeiras semanas de vida. Olham e observam os movimentos faciais, choram quando não se sentem confortáveis e, com o passar dos meses, conseguem fixar seu olhar aos seus pais e cuidadores por um período maior de tempo e passam a observar e interagir com o que o rodeia. A troca de olhar é importante para o vínculo afetivo, sempre lembrando de verbalizar o objeto visto pelo bebê, identificando-o e nomeando-o. Por exemplo: “você está olhando para o papai!” ou “você quer pegar aquela bola verde?”.

 

Movimentos curtos e rápidos

Ainda sem muita coordenação motora, os bebês podem tentar pegar algum objeto ou encostar em algo com movimentos bruscos e, muitas vezes, não conseguem realizar por falta do domínio do movimento, isso pode causar choro ou sentimento de frustração/ansiedade. É nesse momento que podemos pegar a mãozinha do bebê e ajudá-lo a fazer um carinho ou colocar algo entre seus dedos, sempre conversando. Por exemplo: um bebê que quer pegar sua chupeta ou balançar um chocalho mas não consegue, ajude-o dizendo “você quer sua chupeta?” ou “esse chocalho é um brinquedo difícil de segurar, né?!”.

 

Emissão de sons

Uma das fases do desenvolvimento da fala é a aquisição, que é caracterizada pela repetição de sons que ouvimos. Por isso, é comum que os bebês repitam sílabas ou os sons das vogais, como, por exemplo, apontando o objeto e falando “dá”, o que indica querer o objeto apontado. Quando maiorzinhos, próximos dos 12 meses, falam as famosas expressões como “papa” e “mama”.

Sabemos que cada criança responde aos estímulos de maneira distinta e se desenvolvem dentro de suas especificidades. Por isso, devemos sempre estimular e observar a sua evolução e, caso seja necessário, a intervenção da fala deve acontecer num ambiente clínico e ser ministrada por um profissional da área da fonoaudiologia.

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