Saúde & Cuidados

O fantasma do Sarampo está de volta?

03/05/2022

 

Por Nádia Medici

 

No mês de abril de 2022, alguns casos de sarampo foram relatados numa cidade de São Paulo, o que preocupou as autoridades locais. A enfermidade é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países pobres, mas a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção.

 

O sarampo é uma doença contagiosa causada por um vírus e é propagado por meio das secreções mucosas, de forma direta, de pessoa a pessoa ao respirar, falar, tossir ou espirrar. Segundo dados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no Brasil, graças às campanhas de vacinação e programas de vigilância, a letalidade da doença não chega a 0,5%.

O País até chegou a erradicar a doença, em meados de 1992, época na qual a extinção do sarampo foi uma prioridade por meio da vacinação em massa. Com o passar do tempo, a procura da vacina diminuiu e a doença voltou a aparecer, ocasionando um surto no ano de 2019.

Segundo a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, crianças menores de cinco anos têm maior risco de desenvolver casos graves e sequelas, sendo que três em cada mil casos confirmados podem chegar a uma gravidade que leva a óbito. Em abril de 2022, dois casos foram confirmados no Estado de São Paulo e outros 25 estavam sendo investigados.

Minas Gerais iniciou a 8ª Campanha Nacional de Seguimento contra o Sarampo, que acontece entre os dias 4 de abril a 3 de junho. O Espírito Santo também aderiu à campanha e inicia a vacinação para os grupos prioritários (trabalhadores da saúde). Ainda em maio, a segunda etapa será destinada a todas as crianças de seis meses a menores de cinco anos.

 

Dentre os principais sinais da doença, podemos destacar:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Irritação nos olhos;
  • Nariz escorrendo ou entupido;
  • Mal-estar intenso;
  • Manchas vermelhas pelo corpo.

 

Como prevenir

A vacina contra sarampo é a forma mais eficaz e necessária para prevenção da doença. Além disso, está disponível no Sistema Único de Saúde para cidadãos de 1 a 59 anos. A primeira dose deve ser tomada ao completar o primeiro ano de vida (12 meses) e a segunda dose é aos 15 meses. Se houver alguma dose em atraso ou dúvida quanto a isso, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima e confira.

Educar vai muito além do que podemos compartilhar no dia a dia. Envolve rotina, compromisso, vigilância e muita responsabilidade. Para demais dúvidas que venham surgir sobre o assunto aqui tratado, procure um pediatra, preferencialmente o que já acompanha o seu pequeno.

Siga o Sundays no Instagram