Saúde & Cuidados

Crise de ansiedade na infância é possível?

17/05/2022

Por Nádia Medici

 

No dia 8 de abril de 2022 foi noticiado em diferentes canais sobre a crise coletiva de ansiedade que fez com que 26 estudantes adolescentes fossem socorridos em uma escola estadual no Recife. Será que é possível isso ocorrer na infância?

Uma crise de ansiedade coletiva é possível quando uma situação de pânico atinge um número de pessoas, muitas vezes do mesmo grupo que compartilha de obrigações e sentimentos semelhantes sobre algo.  Portanto, é comum afetar colegas de trabalho, alunos de uma mesma classe, familiares e/ou pessoas que estão num mesmo local, sob a ação de algum episódio de tensão.

Segundo a matéria do Portal de Notícias G1, a crise coletiva de ansiedade, que fez com que 26 estudantes fossem socorridos em uma escola estadual no Recife, foi ocasionada, ao que tudo indica, com o início do período de provas, as primeiras desde o retorno das atividades presenciais. Assim como a alegria é contagiante, sentimentos como o medo também são difundidos e provocam ansiedade. Por isso, é importante refletir sobre as possíveis causas e como prevenir, preparando as crianças e adolescentes para as adversidades da vida.

 

Gatilhos

Na infância, crises de ansiedade podem acontecer, principalmente em momentos como separação entre a criança e a mãe, comum no início da vida escolar dos pequenos. A ansiedade pode não se tornar uma patologia, mas é necessário ficar atento, pois trazem sentimentos ruins, baixa a autoestima e gera sofrimento.

Outras situações que podem causar ansiedade nas crianças são fobias comuns dessa faixa etária, como medo de palhaço, cachorro e ambientes muito cheios (fobia social). Estudos comprovam que o transtorno de ansiedade é o segundo motivo que mais leva crianças aos consultórios. Mas é importante ressaltar que um episódio de ansiedade isolado não torna a criança portadora de transtorno de ansiedade.

 

O que fazer?

É normal e saudável que as crianças sintam diversas emoções, como frustrações, medos, preocupações e angústias. Não devemos evitar que elas sintam, mas precisamos estar presentes e atentos para que não sejam sentimentos frequentes, exagerados, desproporcionais aos estímulos e com duração prolongada. Por isso, sempre converse com seu filho, apresente o mundo e fortaleça o relacionamento entre vocês para que ele entenda onde encontrar refúgio e segurança.

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