Por Nádia Medici
Existe uma fama não muito legal relacionada ao “filho do meio”. Muitos se referem como o “filho problemático”, mas precisamos entender o porquê de determinadas posturas e como ajudar a minimizar alguns conflitos.
É muito comum ouvirmos falar sobre os desafios dos “pais de primeira viagem”. Afinal, não existe fórmula pronta que nos ensinem a sermos pais, lidar com uma criança 100% dependente e em desenvolvimento. Da mesma forma, não existem regras para as famílias que escolhem ter mais filhos, podendo lidar com a realidade da “síndrome do filho do meio”. Você já ouviu falar?
A Síndrome do Filho do Meio é o sentimento de não pertencimento que ocorre na criança, em função da sua ordem de nascimento. Podemos considerar algumas características relevantes, como inadequação ou excesso de ciúmes; competição com os outros irmãos; baixa autoestima e distanciamento do núcleo familiar.
Estudiosos afirmam que os filhos das extremidades estão expostos a momentos de destaque, pois o mais velho acaba vivenciando experiências primeiro, e o mais novo rouba a cena mediante à necessidade de cuidados e zelo ao nascer. Já o filho do meio absorve toda essa relação, muitas vezes ainda novo, com pouca idade, o que dificulta seu entendimento para lidar com essa realidade.
Os pais podem evitar que o sentimento de exclusão seja enaltecido e proporcionar um relacionamento tranquilo entre os irmãos, resguardando, assim, de traumas maiores na vida adulta.
A comunicação ativa está relacionada à comunicação consciente, onde sejamos presentes e entregues ao momento do diálogo.
É muito importante escutar os filhos e “ler” os sinais que cada um demonstra durante as atividades diárias, mas a comunicação acontece no ouvir e no falar. Por isso, comunique bem as responsabilidades de cada filho, faça com que se sintam pertencentes à rotina e se sintam valorizados para o bom funcionamento da família. Demonstrem afeto e interesse diariamente. Perguntem sobre o dia a dia e validem os sonhos que demonstram nas simples conversar corriqueiras.
Lembre-se de respeitar as individualidades. As pessoas são únicas, e seus filhos também. Não devemos comparar as crianças em nenhuma situação É importante sempre identificar as facilidades de cada um e elogiá-las.
O processo não é simples e requer paciência dos pais, com a certeza de que conhecer o perfil de cada filho demandará tempo e esforço. Afinal, os pais são fundamentais para o bom desenvolvimento emocional de cada um.